segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Ou criamos juntos, ou nos destruímos solitários!

      Criar é sempre uma opção muito mais trabalhosa, está sujeita críticas impensáveis, e a que um batalhão de incautos lhe digam que não irá funcionar. Criar é divino, e porquanto é preciso entusiasmo. Certa vez vi que a palavra entusiasmo, aliás, estaria ligada ao sentido de "centelha divina", pois precisamos reacender tal centelha, encarnar o que nos há de divino.

      Mas para criar é preciso terreno fértil. Vindo eu, macronacionalmente, do interior de SC, aprendi logo cedo que todo bom agricultor sabe que não há como plantar uma lavoura em terra seca, a não ser que, claro, possamos criar um sistema eficiente de irrigação. Embora a metáfora pareça rural demais, no micronacionalismo ela também se verifica. É preciso irrigar todas as nações com boas práticas, com um ideário construtivo, útil além fronteiras.

      Se pegarmos um vaso e o atirarmos ao chão, se quebra quase que sem maiores esforços, mas pegar a argila, moldá-la, e dar a ela a forma de um vaso requer muito mais disciplina, uma enormemente maior dedicação. A destruição é sempre mais simples, mais rápida e como uma droga seu efeito é um êxtase fugaz. A construção é lenta, mas seu efeito, o prazer de ver o que construímos sendo usado por outras pessoas, isso sim é algo permanente.

     A assinatura recente, entre o Reino da Itália, o Império Alemão, o Reino de Pathros e o Reino da Escócia de um Tratado de aliança e integração é um primeiro passo na direção de construir, é o primeiro traço de criação em um grande projeto comum. Precisamos pensar de modo integrado, precisamos criar integradamente.

     A lusofonia não comporta mais o império do Eu, é urgente que sejamos capazes de criar a supremacia do Nós. O micronacionalismo não tem mais seu antigo vigor, sua antiga atividade, e o pensamento egoísta ou destrutivo é o caminho mais rápido, senão, para a autodestruição. A história micronacional grita desesperada à nossa porta: é preciso criar, juntos!

     Lembro com grande clareza do discurso de posse do presidente dos EUA, Barack H. Obama, em seu primeiro mandato. Naquela ocasião, se referindo aos líderes do mundo, o chefe de Estado estadunidense disse: "- Saibam que seus povos os julgarão pelo que vocês podem construir, não pelo que podem destruir". Pois que tal ideia nos tome de assalto e que sejamos capazes de unir esforços não para salvar esta ou aquela Nação, mas para salvar o próprio micronacionalismo lusófono.

Ou criamos juntos, ou nos destruímos solitários!

Labrus Peregrinus
Patriarca da Dinastia Peregrina