terça-feira, 27 de abril de 2010

A qualquer custo, não!

Um dos grandes desafios do micronacionalismo hoje é a renovação no quadro de micronacionalistas. Os novos apelos são fortes: jogos, redes de relacionamento, eRepublic, etc. Da mesma forma se nosso hobbie requer membros cujo perfil se interesse por política, estratégia e diplomacia, passamos pelo desafio de buscar tais interesses nos novos. É fato, porém, que receber um novo membro é, de longe, muito mais simples do que realmente transformá-lo num micronacionalista.

Bem, partindo dessa dificuldade, tem sido um costume receber entre as nações aqueles “antigos” micronacionalistas, na esperança de que estes façam a diferença. Mesmo a Itália participou diretamente desta empresa. Enfim, parece obviamente mais simples receber alguém pronto do que formá-lo do zero. Ledo engano.

É fato que a experiência dos antigos é vital, afinal, eles deveriam ser os primeiros na formação de novos quadros micronacionais, contribuindo com sua vivência na formação dos jovens micronacionalistas. Porém, no desespero por alavancar a atividade interna, é comum as nações prometerem mundos e fundos para que novos juntem-se a seu conjunto de súditos ou cidadãos. Está aí um erro que pode ser fatal.

Uma nação não é um súdito ou cidadão em especial, mas o conjunto deles, os quais trabalham em sintonia com seu Chefe de Estado. Portanto, não deveríamos eleger “salvadores da pátria” mas sim integrar os “antigos” da mesma forma que os novos, sem privilégios, mas com deveres inerentes a real lealdade deles para com a nova pátria micronacional. Sempre é útil insistir: “lealdade não é um produto, para ser comprado, tampouco vendido”. Se alguém se oferece em troca de títulos ou vantagens, simplesmente exclua essa pessoa de seus contatos. Ela não trabalhará como você espera e, na menor insatisfação, o abandonará.

Não precisamos buscar crescimento a qualquer custo, não, devemos sim promovê-lo através de políticas sérias de formação. Aproveitar melhor a experiência de nossos “antigos” na formação dos novos quadros micronacionais. E que não se permitam enganar achando que o resultado dessa política é rápido e certo: não é! É preciso paciência, esta, aliás, uma das virtudes fundamentais a prática micronacional.

Se as nações da lusofonia voltarem ao eixo, abandonando o desespero e desistindo daquela filosofia do “salve-se quem puder”, abraçando serpentes como se fossem bóias salvadoras, promoveremos nosso Renascimento Micronacional. É preciso evoluir, e não só com relação ao aspecto técnico, mas especialmente no viés do comportamento.

Labrus Peregrinus
Patriarca da Dinastia Peregrina